sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Com as relações anteriores aprendi:

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Que os relacionamentos ( pelo menos os meus ) terminam como os artigos de jornais e revistas, tão portentosas no primeiro plano e acabando numa cauda desfeita, lá pela página trinta e dois, entre anúncios de liquidação e tubos de pastas dentais.

...E jamais fazer um Mènage à Trois se vc num tiver experiência para tanto.



Vide Orkut.

sábado, 29 de novembro de 2008

Funk Lírico #1

Pequena égua troteadora!
(Eguinha Pocotó)

"Estou enviando um ósculo
para minha pequenina filha e minha velha matriarca;
só não lograrei esquecer-me
da pequena égua troteadora!

Troteia, troteia, troteia!
Minha pequena égua troteadora!
Troteia, troteia, troteia!
Minha pequena égua troteadora!

O asno e o pequenino potro
jamais seguem seus caminhos na mais profunda solidão;
Quando saem, serenos, à passear,
levam consigo a pequena égua troteadora!

Troteia, troteia, troteia!
Minha pequena égua troteadora!
Troteia, troteia, troteia!
Minha pequena égua troteadora!

(Eme Ci Serginho)

Segunda Nota Mental

Irei com a Jé, no inicio da semana que vem, ao Cineplex, assistir "Lemon Tree", drama israelense digno do Oscar de melhor longa estrangeiro...

Mas, antes do breu característico do cinema envolver-nos como um manto, convém desligar o celular. Não desejo mais olhares reprovadores sobre mim, após o silêncio da matinê ser cruelmente despedaçado com a chamada de mamãe: Já pegou o seu Décimo-Terceiro no banco, muleque??

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Perito em depenar carros (e não falo sobre mecânica)


O americano Edward Smith (o galante cavalheiro aí da foto) diz que já teve relações sexuais com mais de mil carros. Smith conta que aprecia a beleza dos automóveis e chega uma hora em que “essa apreciação vira uma expressão de amor”, diz ele.

Smith conta que sua primeira experiência sexual com um carro foi aos 15 anos (o carro era um Plymouth Fury 1970, o mesmo possante assassino do livro de Stephen King, "Christine") e que, depois disso, nunca mais manteve relações com homens e nem mulheres. A história foi publicada pelo jornal britânico Daily Telegraph, no dia 24.


Eis algumas das cantadas que Smith deve ter dado nos carros:

1) Tô precisando trocar o óleo;

2) Adorei tua traseira, baby;

3) Nossa, você já está de farol alto;

4) Hmm... Seu câmbio é automático... E enoorme!

5) Quero emplacar você.

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Caramba... Não consigo imaginar qual orificio (ou parte alongada) do carro que ele utiliza pra esse fim...

Transformação de Jaca em Melancia (Via PhotoShop)


... "Com tudo aquilo que você quer ver!"

"Eu escrevo assim, porque fumo maconha..."

Um relatório da ONU divulgado ontem mostra que o consumo de maconha aumentou 180% no Brasil entre 2003 e 2008. O salto só não foi maior porque muitos maconheiros esqueceram que tinham fumado no período. Como se sabe, fumar maconha causa problemas de memória e problemas de memória...

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(Ué?? De quem é esse Blog?)

Glíglicagem


Cortázar é um de meus autores prediletos. Um exemplar de escritor Filhodeumaputa que me despenca o queixo à cada linha, à cada paragrafo, à cada dialogo transposto. Resumindo: Sou mais um raro fã de suas obras.
Em todos os livros de sua autoria - desde "Rayuela", pioneiro do psicodelismo-surreal-sulamericano - , até "Valise de Cronópio" - uma jóia bruta dificil de deglutir, de entender e de explicar - Cortázar nos interroga insolentemente sobre as coisas mundanas da vida, ele evoca o acaso, as possibilidades multiplas, transforma cada enredo em sua própria chave mestra, hipnotizando-nos, enquanto nos lança uma piscadela cumplice.
Exceção essa minha postagem; sempre mostrei-me avesso às verticais linhas do frontispício de cada livro, mas Cortázar merece tal desprendimento de minha parte. "Rayuela", sua obra prima, nem parece um livro escrito; tá mais para um caleidoscópio visual e arrebatador, tanto pelas passagens bem construídas e quase casuais, ou até mesmo pela surrealidade de alguns trechos, como o Glíglico, uma espécie de dialeto alternativo por ele idealizado, que supreende até mesmo a própria linguagem.
Em um dos capítulos mais interessantes de "Rayuela", Cortázar descreve um ato carnal entre Oliveira (o protagonista) e sua companheira, Lucía... Porém, ele redigira a situação, da primeira à ultima linha, em Glíglico. Leia e entenda (ou pelo menos, tente entender):


"Enquanto ele lhe amalava o noema, ela lhe dava com o clêmiso e ambos caíam em hidromurias, em abanios selvagens, em sústalos exasperantes. De cada vez que procurava relamar as incopelusas, ele emaranhava-se num grimado queixoso e tinha de envulsionar-se de cara para o nóvalo, sentindo como se, pouco a pouco, as arnilhas se espechunassem, se fossem apeltronando, reduplimindo, até ficar estendido como o trimalciato de ergomanina no qual se tivesse deixado cair umas filulas de cariacôncia. E, apesar disso, aquilo era apenas o principio, pois, em dado momento, ela tordulava-se os hurgálios, consentindo que ele aproximasse suavemente os seus orfelunios. Logo que se enteplumavam, algo como um ulucórdio os encrestoriava, os extrajustava e paramovia, dando-se, de repente, o clinón, a esterfurosa convulcante das mátricas, a jadeolante embocapluvia do órgumio, os esprêmios do merpasmo numa sobremítica agopausa. Evohé! Evohé! Volposados na crista do murélio, sentiam-se balparamar, perlinos e marulos. Tremia o troque, as marioplumas era vencidas, e tudo se resolvirava num profundo pínice, em niolamas argutendidas gasas, em carínias quase cruéis que os ordopenavam até ao limite das gunfias."

Recomendado.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mais uma bizarrice da Lei gringa


Esse carinha aí é o anão Lee Kildare, de 1 metro e 18 de altura. Ele foi contratado por ladrões ingleses para invadir as casas das vítimas, aproveitando-se de seu pequeno tamanho. Kildare foi preso e a história foi contada Daily Mail.

Algumas conclusões :

  1. Ele será julgado no juizado de pequenas causas;
  2. Ele jamais será um grande criminoso;
  3. Os índices de criminalidade em Londres são muito baixos.

Você percebe que está ficando velho quando:

1) Chama futsal de futebol de salão;

2) Não acha nada "irado", para você as coisas ainda são "maneiras";

3) Nunca ouviu uma música do Nx Zero;

4) Acha que vôlei ainda tem “vantagem”;

5) Já usou uma TV com seletor de canais;

6) Já ficou esperando aquela música tocar para gravar do rádio;

7) Pegou o tempo em que o Del Rey era o carro mais luxuoso do Brasil;

8) Não entende qual é a graça do MSN;

9) Diz que alguém está "azarando" alguém (quem diz “paquerando” não está ficando velho, já morreu mas não sabe);

10) Vocês completam nos comentários aí…

Definição ao pé da letra

Ela:

- Sempre quis te perguntar algo, Anderson, mas apesar de ser uma simples indagação, faltam-me as palavras pra isso... Creio que é por causa da timidez que possuo.

Eu:

- Deixe disso, mulher. Pode falar. Sou todo ouvidos.

Ela:

- Está bem.

Eu:

- ...

Ela:

- Bom, é o seguinte: O que é o amor? Qual a definição correta, ao seu ver, do Amor?

Eu:

- Quer saber mesmo?

Ela:

- Quero. O que você acha que pode ser isso, o Amor?

Eu:

- O Amor é um substantivo simples, masculino e abstrato...

Ela:

- Ohh!!! Como você é romantico!

Treta Lu/Dado



...E olha que jamais aprofundei e/ou me interessei com o mundo "badalado" das celebridades. Mas o Nelito acertou em cheio nas ditas imagens. EU AUMENTO, MAS NÃO INVENTO!

Primeira Nota Mental

O amor é como as estações do metrô da Avenida Paulista – começa no Paraíso e termina na Consolação.

Só quem é Paulistano entende.

Em tempo...:


Procura-se:

Mulher inteligente, divertida, moderadamente abusiva, sem a mania de ser boa na cama mas determinada a tentar.

De preferência que goste de gatos (mas não é preciso gostar muito, que eu até sou alérgico) e de comida japonesa (vá, aqui já podem compensar o não gostarem muito de gatos).

Que goste de viajar, de música, de ir a bailados e a óperas. Que goste de mimo e de carinho e de palavras doces de vez em quando e de gestos de afeto de quando em vez.

Oferece-se:

Espécime do sexo masculino, emocionalmente atípico, divertido, inteligente e, segundo alguns especialistas da matéria, um pouco insano (mas não se assustem, que desde que ele tome os comprimidos de 24 em 24 horas, é uma pessoa mais ou menos normal).

Dizem que o espécime em questão sabe fazer massagens, preparar um bom Nissin Lamen, tem alergia à chocolate e uma boa expectativa de vida; Desde que deixem o Racumin da casa em lugares estratégicos e longe do alcance do sujeito.

Em tempo: Possui uma certa facilidade (e um fluxo abundante) de exprimir palavras açucaradas próximo aos tímpanos femininos. Perito no palavriado de açúcar.

Pede-se:

Mesmo que não seja e/ou não conheça esta mulher, por favor passe a mensagem. Alvíssaras a quem a encontrar ou fizer encontrar-me.


Efeitos desse anúncio?? Decididamente, à combinar.

Pérolas da Marina #1

Maísa?? Maísa uma porra!!

(Com o perdão da expressão deselegante, escusando-me também o fato de que o alvo da minha palavrada nada mais é que uma menininha de cinco anos, no auge do fútil Show-Business da TV brasileira, sendo convenientemente utilizada como uma mina de ouro de vinte e cinco quilos pelos parentes e pelo Homem do Baú, e cujo salário mensal é superior à quase um semestre de ordenados e benefícios do meu simples trabalho.)

Espirituosa, realmente, (e sem salário algum para alimentar tal "espirituosidade infantil") é a Marina, um pedaço de ser humano de cinco anos recém-completados, bem menor que um Hobbit do condado, no auge da troca de dentes, que vez ou outra, sente um indizível prazer (se é que as crianças sentem prazer em algo) em disparar suas pérolas inteligentes e sinceras em direção de quem quer que seja, como quem lança seixos na cara de gente burra. E em tempo: Ela é minha mais nova cunhadinha.

Pérola recente?

O amigo do pai de Marina é um técnico de raios X. Como um mero espectador anônimo, ouvi tal diálogo entre ambos. Eis:

- Você já quebrou algum osso? - perguntou ele.
- Já - respondeu a menina.
- Doeu?
- Não.
- Sério? Qual foi o osso que você quebrou?
- O do braço da minha irmã.

Filho de Camões

Se Camões tivesse um filho, será que alguém ia dizer: "Tem o olho do pai..." ?

(Giganteenorme falta do que escrever).

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sobre coisas (e aspirinas) - Parte um.


- Não gosto de falar do Anty só por falar - Disse ela.

-Está bem - Respondeu ele. - Eu só estava perguntando.

- Posso falar de outra coisa, se o que você quer é simplesmente ouvir.

- Não seja tão má.

- Anderson é como um doce de goiaba.

- Putaquepariu... Como um doce de goiaba?

- Hmm... Anderson é como um copo d´agua numa tempestade.

- Ah! - Exclamou ele.

- Ele deveria ter nascido naquela época de que fala a Da.Maria quando bebe demais. Uma época em que ninguém andava preocupado, em que os bondes eram puxados por cavalos e as guerras só ocorriam no campo. Não havia remédios contra a insônia, isso é o que diz a velha Maria.

- A bela época de ouro - Comentou ele. - Certa vez, também me falaram de tempos assim. A minha mãe, tão romântica, com o seu cabelo solto... Criavam abacaxis nos balcões das janelas, de noite nem havia necessidade de escarradeiras, era algo extraordinário. Mas eu não vejo o Anderson metido nesse ambiente real.

- Eu também não, mas ele ficaria menos triste. Aqui, tudo lhe faz mal, tudo lhe dói, até as aspirinas o incomodam. Na verdade, ontem à noite fiz com que ele tomasse uma aspirina porque estava com dor de dentes. Segurou a aspirina e começou a olhá-la; era muito dificil para ele decidir metê-la na boca. Disse-me umas coisas muito estranhas, que era nojento usar coisas que, na realidade, não conhecemos, coisas que outros inventaram para acalmar outras coisas que tampouco ninguém conhece... Você já sabe como ele é quando começa a dar voltas.

- Você repetiu várias vezes a palavra "coisas" - Disse ele. - Não é elegante, mas mostra muito bem, em contrapartida, o que está acontecendo com Anderson. É uma vítima da "coisidade", é evidente.

- O que é a "coisidade"? - perguntou ela.

- A "coisidade" é aquele desagradável sentimento de que, ali onde termina a nossa presunção, começa o nosso castigo. Lamento ter de empregar uma linguagem abstrata e quase alegórica, mas quer dizer que o Anty é patologicamente sensível à imposição de tudo aquilo que o rodeia, do mundo em que vive, do que lhe foi destinado, para dizer da maneira mais gentil. Em resumo, é despedaçado pela circunstância. Ainda mais resumidamente, o mundo o incomoda. Você já o deve ter suspeitado, moça, e imagine, com uma deliciosa inocência, que o Anderson será mais feliz em qualquer uma ditadura de bolso que as Donas Marias deste mundo fabricam, sem falar de minha mãe, a do nordeste. Suponho que você não acreditou naquela história de abacaxis...

- E também não acreditei nas escarradeiras - respondeu ela. - É dificil de acreditar.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Êita porra!! Fiz um Blog.


Não que essa atitude minha possa ser a mais notável, brilhante e/ou genuína de minha parte. Isso tudo é apenas, digamos, um cortejo do tédio, do Nada (inicio a palavra com letra maiúscula por realmente se tratar de uma espécie de entidade abstrata esse Nada que me envolve inexoravelmente, todos os dias), um memorando extenso e pedante aderido agora por mim, depois de ter sido aderido pelo resto do mundo (fala sério, até meu ViraLatas deve possuir um Blog).

Todos pensam que sou Nerd, CDF (que diabos significam essas siglas estúpidas?), pseudo-intelectualóide, patatipatatá. Mas, porra!, que tipo de Nerd é esse que pergunta aos amigos para que serve a tecla Num Lock, se realmente "Rinietzche" é uma doença ou se apateta mediante aparelhos fúteis-tecnológicos (para que serve o Microondas, além de esquentar pão-de-forma com queijo e presunto dentro?) Como um legítimo e insosso aquariano, dispenso e desconheço tudo o que me é desconhecido e dispensável, e acho-me horrível na maioria das vezes. Sou ocioso, sedentário e tenho sotaque baiano (não que isso seja um defeito. Apesar de Paulista, a convivência com baianos me leva à recitar, involuntariamente, sufixos originais como "Oxente" e "ValhameDeus!!!"). Como um homem, sou rude e espartano, desajeitado e vagaroso (ao menos quando estou são). Falo sozinho, canto modinhas que ainda não existem e escrevo meu nome no concreto com urina, se bem que não sou tão "cameloso"de ser capaz de expelir tanta urina assim. Consigo, ao menos, escrevinhar o número do meu RG.

E como tudo isso não bastasse, construo um Blog. É um Blog (dificil acostumar-me com esse nominho besta) cru e sóbrio, sem Nhemnhemnhens, Frufrufrus e outras frescurites semelhantes. Isso, por dois motivos: UM, escolho não agradar os olhos de meus escassos e desocupados leitores com tais personalizações mediante o motivo de que o principal objetivo da construção desse Blog não seria entreter e atrair os internautas com uma página bonitinha e tal, e sim, cortejar o Nada absoluto que permeia minha vida (perceberam o toque EMO dessa última passagem?), e para tanto, não seria necessário colorir essa porra aqui. Vocês leitores, não são necessários para satisfazer o meu ego.... Dois, meu computador, Internet, Provedor ou o Demônio que possa ser (odeio a inclusão digital), tão lento e inútil quanto o Rubens Barrichello num carro sem carburador, me impede de personalizar, colocar imagens, colorir com florzinhas ou outras coisas desse tipo, mesmo se eu quissesse. Porém, não abandono minha máquina à lenha.

Bom, é isso. Fiz um Blog, e o Nada é o meu principal objetivo. Desculpe se sou rude e espartano até aqui, nessa primeira postagem; garanto, porém de que isso tudo não é apenas uma espécie de jogada de marketing para atrair mais e mais leitores Blogueiros. Sou assim mesmo, mais nojento que um buraco de capivaras no cio. Mas, espero que gostem, apesar de que não me importo com o que achará disto aqui. Eu até posso responder os comentários subsequentes, e isso é o máximo de que posso fazer. Não agradecerei se retornarem aqui, mas garanto que isso me dará mais ânsias de cortejar o Nada.

E como diria o meu truta Álvaro de Campos:

"Vão para o inferno sem mim...
Ou deixem-me ir sozinho ao inferno;
Porque haveríamos de ir os dois juntos??"